A companhia aérea Azul confirmou que deixará de operar seis voos com origem na cidade de Cuiabá, capital mato-grossense, a partir de 1º de julho.
A medida integra uma estratégia de corte de custos adotada em meio a um processo de reorganização financeira nos Estados Unidos. Essa não é a primeira redução na malha aérea da empresa: outras 12 rotas já haviam sido encerradas no início deste ano.
Agora, o foco volta-se ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande, que terá sua conectividade nacional reduzida com a nova rodada de cancelamentos.
Azul corta voos partindo de Cuiabá para seis destinos
Os destinos atingidos por essa reestruturação de rotas incluem cinco capitais brasileiras — Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Brasília (DF) e Maceió (AL) — além da cidade mato-grossense de Alta Floresta.
Com isso, a malha aérea partindo de Cuiabá perde conexões importantes, tanto para o Centro-Oeste quanto para o Nordeste e o Sul do país.
A decisão foi comunicada pela Azul e confirmada pela Centro-Oeste Airports (COA), empresa responsável pela istração do terminal aéreo, que reforçou que tais mudanças são de responsabilidade da companhia e refletem ajustes operacionais internos.
A Azul orientou que os ageiros com agens compradas para essas rotas entrem em contato com a central de atendimento da empresa.
A companhia garante que os clientes poderão optar por reacomodação em outros voos disponíveis ou solicitar o reembolso integral dos bilhetes cancelados. A recomendação é que os ageiros façam isso com antecedência, a fim de evitar transtornos de última hora.
Azul está em meio a processo de reorganização financeira
As recentes decisões de ajuste operacional acontecem paralelamente a um processo de reorganização financeira conduzido pela empresa nos Estados Unidos, sob o regime do chamado Chapter 11 — um modelo de proteção judicial que permite que companhias em dificuldades financeiras renegociem dívidas enquanto mantêm suas atividades.
Com o apoio de parceiros estratégicos, incluindo credores e grandes arrendadores de aeronaves, a Azul busca captar até US$ 950 milhões em novos investimentos, além de eliminar aproximadamente US$ 2 bilhões em dívidas já existentes.
Segundo a própria empresa, a reestruturação tem caráter preventivo e visa fortalecer sua estrutura de capital. O objetivo declarado é preservar a operação da malha aérea, manter empregos e garantir competitividade no cenário pós-pandemia, que ainda impõe desafios para o setor de aviação.