A correria cotidiana muitas vezes faz com que as pessoas acumulem atividades e deixem a saúde de lado. No entanto, a repetição constante de movimentos ao longo do dia pode resultar em problemas como tendinites e bursites, que afetam significativamente a qualidade de vida.
Em entrevista à CARAS Brasil, o reumatologista Fabio Jennings explicou as diferenças entre tendinites e bursites, alertando sobre a importância de estar atento aos sinais de alerta, como a dificuldade de mover certas partes do corpo.
Dor nos movimentos
Bursite: Inflamação das bursas, pequenas bolsas com líquido que amortecem ossos, músculos e tendões. A inflamação aumenta o líquido dentro da bursa, causando dor local. As regiões mais afetadas são ombros, cotovelos, quadris, joelhos e calcanhares.
Tendinite (ou tendinopatia): Alterações nos tendões, estruturas que conectam músculos aos ossos. O termo “tendinite” está sendo substituído por “tendinopatia”, pois não envolve inflamação, mas mudanças nas fibras de colágeno. As áreas mais afetadas por tendinopatias são ombros, cotovelos, punhos e joelhos.
Embora distintas, essas condições podem ocorrer simultaneamente e em múltiplas articulações. Quando os sintomas afetam ambos os lados do corpo, pode haver causas não mecânicas, como doenças sistêmicas, e deve-se investigar mais a fundo.
A dor dessas condições pode dificultar atividades cotidianas, como carregar um filho, abrir um pote ou usar o celular. Quando isso limita movimentos e impacta a rotina ou o trabalho, é essencial procurar orientação médica, pois a dor pode comprometer tarefas diárias e a produtividade.
Tratamento e qualidade de vida
Sem o tratamento adequado, as dores podem se tornar crônicas, formando um ciclo difícil de quebrar. O diagnóstico precoce e a identificação das causas são essenciais para controlar a condição. O especialista destaca que o uso de medicamentos de curto prazo, o manejo de doenças associadas e a reabilitação com exercícios personalizados são os cruciais.
A fisioterapia, nesse processo, é fundamental para corrigir posturas no trabalho e em atividades físicas, além de promover o equilíbrio muscular. Quando a tendinopatia ou bursite está relacionada a doenças autoimunes, como artrites, é necessário tratar também a condição subjacente. “Uma abordagem completa e personalizada é chave para uma reabilitação eficaz”, finaliza Jennings.
Jornalismo na federal de Alagoas. Paulista de nascença, moro há mais de uma década no estado nordestino. Desde pequena fascinada pelo mundo da leitura e da escrita.