A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu manter o alerta internacional diante da persistência da epidemia de mpox, infecção viral que continua afetando diversos países, com impacto mais significativo no continente africano.
A medida foi anunciada após nova avaliação do comitê de emergência da organização, que reforçou a necessidade de vigilância contínua e colaboração internacional para conter o avanço da doença.
Epidemia continua sendo um alerta global após decisão da OMS
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que a situação da epidemia de mpox ainda se enquadra nos critérios de emergência de saúde pública de importância internacional, conhecido pela sigla em inglês PHEIC.
Esse status, que representa um dos mais altos níveis de alerta sanitário, foi inicialmente decretado em agosto de 2022, quando a doença começou a se espalhar com rapidez além das fronteiras africanas.
Desde o início de 2024, já foram confirmados mais de 37 mil casos em 25 países, com 125 mortes registradas, conforme dados divulgados pela OMS.
A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma zoonose causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus. Os sintomas incluem febre, dor muscular, e, principalmente, lesões cutâneas que costumam aparecer no rosto, mãos e pés.
A infecção, que antes se limitava a regiões específicas da África, ou a circular em áreas urbanas e países onde não havia registro anterior da doença, o que elevou a preocupação dos especialistas em saúde pública, que classificaram a situação como epidemia.
Epidemia preocupa, e transmissão ocorre através de contato direto com infectados
O vírus se transmite por meio do contato direto com fluidos corporais, feridas, crostas ou objetos contaminados, como roupas ou utensílios. Também pode haver transmissão de mãe para filho durante a gestação ou parto.
Não há consenso sobre a possibilidade de indivíduos assintomáticos transmitirem o vírus.
Apesar da gravidade potencial da infecção, a maioria dos casos evolui para a recuperação sem necessidade de tratamento específico. A recomendação médica é de cuidados de e, com foco no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações.
Em 2022, o antiviral tecovirimat (TPOXX), originalmente desenvolvido para tratar a varíola, foi aprovado como opção terapêutica para casos de mpox.
Em resposta à crise, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mobilizou ações emergenciais para apoiar os países afetados nas Américas, incluindo o envio de vacinas e o fortalecimento da vigilância epidemiológica.
O cenário, segundo a OMS, ainda exige atenção redobrada da comunidade internacional.