O Wi-Fi, a popular tecnologia de conexão sem fio, pode estar chegando ao fim. Uma nova inovação, que está em fases avançadas de desenvolvimento, tem o potencial de revolucionar a maneira como nos conectamos à internet. Conhecida como Li-Fi (Light Fidelity, ou “luz fidelidade”), essa tecnologia utiliza luz visível para transmitir dados, ao invés das tradicionais ondas de rádio usadas pelo Wi-Fi.
Isso proporciona uma conexão muito mais rápida e estável, com a capacidade de ser até 100 vezes mais veloz. O Li-Fi transmite informações por meio de luzes LED ou infravermelhas, operando a uma velocidade que é imperceptível aos nossos olhos.
Nova tecnologia
Criado pelo físico Harald Haas, da Universidade de Edimburgo, o Li-Fi começou a ser estudado no início dos anos 2000. Atualmente, a tecnologia está sendo testada em escritórios equipados com lâmpadas LED e já está sendo considerada para uso em aeronaves comerciais.
Em breve, o Li-Fi pode se tornar amplamente utilizado em lugares como aeroportos, hospitais e até mesmo nas ruas. A previsão é que, até 2028, o mercado de Li-Fi alcance cerca de 36 bilhões de dólares. Contudo, a tecnologia apresenta alguns desafios, como a restrição do alcance do seu sinal, que não consegue ultraar paredes e necessita de uma linha de visão direta entre os dispositivos conectados e a fonte de luz.
Comparativo com o Wi-Fi
Quase tudo ao nosso redor usa ondas de rádio, como Bluetooth, celulares (3G, 4G, 5G), emissoras de TV e rádio, radar, controle de aeroportos e a Internet via satélite, como a Starlink. Com o aumento de dispositivos conectados e a expansão da Internet das Coisas (IoT), prevê-se que, até 2025, o espectro de frequências de rádio estará saturado.
Já o Li-Fi tem um espectro de frequências 10.000 vezes maior que o do Wi-Fi. Além disso, ao contrário do Wi-Fi, que sofre interferências de outros dispositivos, o Li-Fi é menos suscetível a esses problemas, já que aparelhos eletromagnéticos não afetam sua qualidade.
Jornalismo na federal de Alagoas. Paulista de nascença, moro há mais de uma década no estado nordestino. Desde pequena fascinada pelo mundo da leitura e da escrita.