Diante do avanço da puberdade precoce globalmente, muitas famílias têm adotado métodos para postergar o início da menstruação (menarca) nas meninas. A intenção é resguardar a saúde das crianças, evitando os riscos associados à maturação hormonal antecipada, que está ligada a diversos problemas de saúde.
Entre as práticas adotadas estão a limitação do uso de dispositivos eletrônicos, a preferência por alimentos orgânicos na alimentação e a remoção de produtos domésticos que contenham substâncias químicas capazes de interferir no sistema endócrino.
Menarca precoce
Estudos indicam que a puberdade tem ocorrido cada vez mais cedo. Nos Estados Unidos, a idade média da menarca caiu para 11,9 anos, com cerca de 16% das meninas menstruando antes dos 11 anos. Esse quadro gera preocupação entre especialistas, que associam a menarca precoce a um aumento do risco de doenças graves, como câncer de mama, ovário e endométrio.
Além dos riscos oncológicos, a puberdade antecipada também está relacionada a sintomas como cólicas intensas, irregularidade nos ciclos menstruais, além de problemas emocionais como ansiedade e depressão, e até parto prematuro. Dados mostram que meninas que têm a primeira menstruação antes dos 12 anos apresentam 23% mais probabilidade de desenvolver câncer de mama do que aquelas cuja menarca ocorre aos 15 anos.
Consequências
Especialistas ressaltam que o ambiente tem papel fundamental no desencadeamento da puberdade. Fatores como estresse, alimentação e contato com substâncias químicas podem acelerar esse processo biológico. Esse desajuste entre o desenvolvimento emocional e o amadurecimento reprodutivo, chamado de “descomo evolutivo”, pode gerar impactos negativos tanto na saúde física quanto mental das adolescentes.
Entre as consequências da puberdade precoce estão o aumento do risco de aborto espontâneo, cólicas intensas, ciclos menstruais irregulares e dolorosos, maior probabilidade de parto prematuro, além de doenças relacionadas ao sistema reprodutivo e problemas emocionais, como ansiedade e depressão. Por isso, é fundamental o acompanhamento médico e a adoção de medidas preventivas para reduzir esses riscos.
Jornalismo na federal de Alagoas. Paulista de nascença, moro há mais de uma década no estado nordestino. Desde pequena fascinada pelo mundo da leitura e da escrita.