Desde o lançamento da linha de crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada, a Caixa Econômica Federal já liberou R$ 12 bilhões por meio dessa modalidade.
A marca foi anunciada pelo presidente da instituição, Carlos Vieira, que demonstrou otimismo com o avanço da linha e projetou que o volume total pode chegar a R$ 100 bilhões até o final de 2025.
A novidade reforça o apetite dos bancos por esse tipo de operação, que ganhou novo impulso com a possibilidade de uso do FGTS como garantia.
Outro o importante ocorreu na última sexta-feira, 6 de junho, quando ou a valer a portabilidade do consignado entre instituições financeiras, medida que deve ampliar a concorrência e favorecer os trabalhadores.
R$ 12 bilhões já foram desbloqueados em consignado para CLT
O crédito consignado para CLT consiste em empréstimos em que as parcelas são debitadas diretamente da folha de pagamento do trabalhador da iniciativa privada.
Diferente das versões anteriores, que exigiam convênios entre empresas e bancos, o novo modelo tornou-se mais ível a partir de março deste ano, com a integração ao aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.
Desde então, a procura tem crescido de forma significativa. De acordo com a Caixa e o Ministério do Trabalho, mais de R$ 13 bilhões já foram contratados por cerca de 2,3 milhões de trabalhadores.
O valor médio dos empréstimos gira em torno de R$ 5.470, com prazos que variam em média por 17 meses.
Consignado para CLT já permite portabilidade
A nova fase do programa foi ampliada com a liberação da portabilidade do consignado. Agora, o trabalhador que possui um contrato ativo pode transferi-lo de um banco para outro em busca de melhores condições, como taxas de juros mais baixas.
O processo funciona de forma semelhante a um leilão: o banco de origem pode igualar ou superar a proposta feita por outro banco, caso queira manter o cliente. Para isso, é necessário que o próprio trabalhador inicie o processo junto à instituição financeira de interesse.
A medida visa beneficiar, sobretudo, quem contratou o crédito antes da possibilidade de vincular o FGTS como garantia, o que tende a reduzir os riscos para os bancos e, por consequência, os juros.
Apesar de a funcionalidade via Carteira Digital ainda não estar totalmente operacional, o processo já pode ser feito presencialmente ou pelos canais eletrônicos das instituições habilitadas.
Mais de 70 bancos estão autorizados a operar a linha. O governo prevê que, com o amadurecimento do sistema, os custos diminuam ainda mais.