
Beatriz Nascimento conta que conheceu o trabalho de Silvia Duffrayer cantando e tocando percussão no metrô carioca com outro músico. “O trabalho dela é muito bonito, envolvente, é ótima cantora e tem composições incríveis, ligadas ao movimento feminista”, elogia. “Ela tem atuado bastante na cena musical carioca e está com um projeto, o Samba Que Elas Querem, que reúne oito mulheres.”
Foi a partir dessa série de encontros que Silvia demonstrou interesse em conhecer Juiz de Fora e a música que rola na cidade, o que gera a expectativa por parte de Beatriz que isso crie a possibilidade de futuros trabalhos em conjunto. “Conversei com as meninas do Tatá Chama & as Inflamáveis para ver o que poderíamos fazer, pois acho que a música dela dialoga bastante com a gente, tanto que pretendemos trazer futuramente o projeto de samba da Silvia”, adianta.
A questão do protagonismo e empoderamento feminino em diversos setores, inclusive a arte em geral, tem ganhado destaque e força recentemente. Para Beatriz, o Arraiá Delas é mais uma oportunidade num longo percurso que foi e ainda precisa ser percorrido. “Não parece, mas a presença da mulher na cena musical é recente, só amos a ter mulheres compositoras, instrumentistas, por volta de 1800. Essa luta é muito válida e de muito custo também, porque precisamos enfrentar muito machismo, assim como em outras áreas. É muito legal fazer parte de evento em que a mulher é protagonista não por cotas, mas por eficiência e competência.”
Arraiá Delas
Neste domingo (3), às 15h (abertura da casa), no Bananal (Rua Marechal Setembrino de Carvalho 286 – Ladeira)