Marcus Pestana defende reforma política com parlamentarismo e distrital misto
Para o ex-deputado, as propostas em discussão pelo Senado são medidas órias
Por Paulo Cesar Magella
Quando era deputado, o economista Marcus Pestana, atual diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente – órgão ligado ao Senado Federal -, participou ativamente de uma comissão especial que tratava da reforma política. Houve avanços, mas ainda insuficientes para garantir um equilíbrio entre os poderes. Ante a possibilidade de o tema voltar à pauta, ele reforçou a defesa do parlamentarismo, com voto distrital misto, e democracia interna dos partidos, mas itiu que há dificuldades de tal pauta avançar.
“Vamos ver como evolui, diz Marcus Pestana
Em sua avaliação, Marcus Pestana destaca a excessiva e crescente pulverização da representação partidária no parlamento desde 2003 (a maior do mundo) dificulta o presidente da República de formar maioria sólida e governar. “Não há maioria e minoria claramente definidas como nos EUA ou no Reino Unido. Mas outras democracias começam a viver essa dificuldade (Portugal, França, Alemanha, Polônia etc.). Os pontos estruturais (sistema de governo, sistema eleitoral, sistema partidário) são muito difíceis de ser mudados. Isso seria o essencial no meu ponto de vista. Na minha visão, deveria ser implementada a adoção do parlamentarismo, com voto distrital misto e democracia interna nos partidos”. Para Pestana, a reforma em curso no Senado propõe medidas órias, como o fim da reeleição e coincidência de mandatos. “Vamos ver como evolui.”
Paulo Cesar Magella
Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista. Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins.E-mail: [email protected][email protected]
A Tribuna de Minas não se responsabiliza por este conteúdo e pelas informações sobre os produtos/serviços promovidos nesta publicação.
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade pelo seu conteúdo é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir postagens que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.