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No lugar daquele pai 

Por Marcos Araújo

Sentir no peito uma dor dilacerante. Talvez não seja a frase que dê conta de descrever como é sentida a dor de um pai que perde um filho. Pensei muito sobre isso, nesta semana, depois que jornais de todo o mundo divulgaram a foto de um pai segurando a mão da filha morta, aguardando resgate entre escombros após o terremoto na Turquia. Ao me deparar com essa imagem, imediatamente fui consumido por uma enorme tristeza. Imediatamente, coloquei-me no lugar daquele pai. 

Todavia, apesar de toda a compaixão que é possível ter diante de uma tragédia como essa, não dá para saber o que acontece no coração de um pai e de uma mãe que perde um filho. E que bom seria se jamais alguém pudesse saber como é sentir essa dor, mas não é assim que acontece. Inável, indescritível e inominável são palavras usadas para quem já a experimentou.

A morte de um filho é algo que rasga a lógica da vida de que os pais morrem primeiro, jamais o contrário. Acredito que essa deve ser uma ferida que nunca se estanca. Que deixa uma cicatriz que, por mais que se aprenda a viver com a falta, fica evidente e, a qualquer momento, pode voltar a sangrar. Dizem que o tempo cura tudo, mas, nesse caso, a dor poderá ser até menos sentida, porém, de modo algum, superada. 

O pai que aparece na foto é Mesut Hancer. Ele ficou horas sentado e agarrado à mão de Irmak Hancer, de 15 anos. Em luto, o homem recusou-se a sair do lado do corpo da filha, esmagada no próprio colchão pelos escombros de um prédio. Essa imagem tornou-se uma das mais comoventes da tragédia provocada pelo terremoto devastador, que deixou milhares de mortos na Turquia e na Síria.

Tal imagem me fez pensar na minha filha e no quanto ela é importante na minha vida. Pensei também em meus pais e no quanto de amor eles dispensaram a mim. Amor de pais por seus filhos é algo incondicional e, na maioria das vezes, quase nada exige em troca. Os filhos são a continuação de seus pais. São o futuro e a esperança. Se esse ciclo é rompido, penso que deve ficar um vazio. Imagino que devem sobrar o desejo de guardar a memória dos momentos vividos e todo o afeto compartilhado, apesar da dor da perda. 

Como jornalista, já cobri muitos fatos nos quais pais perderam seus filhos, como acidentes e até assassinatos. Para mim, essas sempre foram  as reportagens mais sofridas de fazer. A gente também perde um pouco diante de um pai e de mãe que chora pela perda de seu filho. Se você leu este texto até aqui e tem filhos, não perca mais tempo: vá até eles e lhes dê o abraço mais apertado e carinhoso possível. A vida é como o vento. Às vezes moderado, às vezes intenso, mas sempre a muito rápido.

Marcos Araújo

Marcos Araújo

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