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Juan, o cortês


Por Gabriel Ferreira Borges

30/04/2019 às 07h13- Atualizada 30/04/2019 às 07h17

“Homem de estilo imperturbável, fazia tudo assobiando e olhando para outro lado. Desprezava a velocidade. Jogava em câmera lenta, mestre do suspense, amante da lentidão: chamou-se domingada a arte de sair da área com toda a calma (…), soltando a bola sem correr e sem querer”, escrevera Eduardo Galeano, em ‘Futebol ao sol e à sombra’, sobre o rubro-negro Domingos da Guia, embora personifique despretensiosamente Juan. Aos 40 anos, as lesões levaram-no ao recolhimento. Despediu-se, inclemente, neste sábado (27), diante de 30 mil rubro-negros, no Maracanã. Em campo, Juan jogava como Cartola cantava; sóbrio, mas melancólico.

Embora fizesse questão de esconder o riso, nunca dispensou o terno; alfaiataria sob medida. Elegante, Juan antecipava-se ao adversário. Evitava o contato físico. Apontava, então, impiedosamente, a contradição dos rubro-negros. Se clamavam por brio, impunha-se pela técnica. Tamanha a classe, é ídolo como Rondinelli, o Deus da Raça. Quando pelo beque roubada, a bola ficava satisfeita; seria inevitavelmente bem tratada. Deixava as rebatidas para os companheiros. Como Domingos da Guia, ignorou a liturgia da posição. Nunca quis ser exemplo, porém. Assim jogava pois era predestinado.

Dos zagueiros mais técnicos do centenário futebol brasileiro, Juan encantou ainda alemães e italianos. Ao lado de Lúcio, eternizou-se à frente da área de Bayer Leverkusen e Seleção Brasileira. Em Roma, guardou o Rei, sco Totti. Ao Rio de Janeiro, enfim, retornou. Se saíra, em 2002, como cria, retornaria, em 2016, como ídolo; havia ainda tempo de deixar rubro-negros boquiabertos. A faixa de capitão, então, foi mero detalhe, pois Juan impunha-se pelo silêncio. Após os próprios gols, atirava-se em direção à intermediária, como se insuficientes fossem.

Contra o Cruzeiro, em partida derradeira, Juan, retraído, escutou uma salva de aplausos como aclamação. A cada toque, o delírio. Mesmo padecendo de problemas clínicos, Juan fez questão de deixar o futebol, trajado em gala, em campo. “Jamais encontrei torcida como a nossa. Na dificuldade ou na felicidade, estamos sempre lá, sempre juntos. (…) Me desculpem se nem sempre eu sorri quando vocês cantaram meu nome”, pediu Juan, em carta aos rubro-negros. Escusas são desnecessárias. Afinal, Juan gostou de futebol porque gostou do Flamengo.

Tópicos: futebol

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