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(Quase) bula médica


Por Júlia Pessôa

28/11/2014 às 07h00

O uso de Ódio® é observado em pacientes com severo descontrole sobre suas emoções, com possíveis e esperados reflexos em suas palavras e ações. O medicamento é encontrado em qualquer esquina e há mesmo o registro de uso por crianças ainda bem pequenas – com relatos de alguns tipos de mordidas inesperadas nos coleguinhas de jardim de infância e xingamentos malcriados quando a vontade não lhes é feita – e ainda por idosos, cuja posologia regular costuma causar o esbravejamento de expressões como “juventude perdida”, “Brasil do meu tempo” e “essa pouca vergonha de agora”, normalmente entremeadas por argumentos pouco publicáveis e outras máximas similares.

Entre adolescentes, jovens adultos e de meia-idade, Ódio® tem mais ampla istração por via on-line, preferencialmente usando monitores ou telas touchscreen como proteção para um possível efeito de rebote. O Instituto Xibrown de Massachusetts catalogou vários casos de superdosagem, com suspeita de dependência química do princípio ativo. A pesquisa indica que, em 89% dos incidentes, a compulsão em relação à substância é desencadeada pela discordância em qualquer espécie de argumento: política, religião, futebol, direitos humanos e até questões mais mundanas como comida e hábitos pessoais. Frente a estas circunstâncias, os especialistas perceberam um estado profundo de clamor pelo remédio, ressaltando que alguns dos indivíduos chegavam a repetir, em estado quase alucinatório: Ódio®! Ódio®! Ódio®!

Ódio® não é recomendado a qualquer pessoa, mas ainda de acordo com o Instituto Xibrown, acredita-se que pelo menos 95% da população mundial tenha experimentado a medicação. Apesar disso, os efeitos externos do fármaco só foram registrados em parte dos que receberam as dosagens. Estudos inconclusivos apontam que tal sintoma pode estar ligado à istração do remédio combinada a outro componente popular atualmente: o “recalque”, largamente examinado pelo laboratório Valesc-Popuzudeyers – mas os dados ainda não foram comprovados. Nos pacientes sem reação externa, é frequente a manifestação de corrosão interior.

A utilização de Ódio® associada ao consumo de álcool também resultou em reações adversas perigosas, como arroubos de violência física e verbal. Um dos efeitos colaterais mais perigosos de Ódio® foi registrado na interação medicamentosa com o componente “preconceito”, mistura que não raramente pode ter consequência fatal.

Genéricos como óxido de Raivalina® e Ataqueol de Puraíra® também estão disponíveis e em ampla utilização, com posologia, advertências, resultados e efeitos idênticos. A venda é feita sem receita, sem escrúpulos e sem piedade. Estemedicamentoécontraindicadoemcasodesuspeitadeamor

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