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Experiência da Gestante: Muito Além do Cuidado Humanizado


Por Jeanne Carvalho

03/12/2019 às 05h57

 

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O tratamento humanizado vai muito além do “bom dia, como posso ajudar?  Ele engloba toda a experiência da gestante durante o pré-natal, parto e pós-parto e, claro, da equipe que irá atendê-la. É, de forma bem simples, a troca que acontece por ambos os lados – seja de informação, de sentimentos e até mesmo de respeito.

Valorizar o ser humano, a mulher gestante, inserir a humanização na cultura organizacional da maternidade/hospital são alguns dos os mais importantes para que um tratamento humanizado seja oferecido.

A humanização constitui um processo de cultura organizacional, de forma que fundamenta o respeito e a valorização à pessoa humana, e desenvolve ações de melhoria do atendimento à paciente e das condições de trabalho dos profissionais.

O tratamento humanizado durante toda jornada da gestante no período perinatal – da gestação ao pós-parto – é olhar para ela e para as suas necessidades. Quais são suas dúvidas, medos, angustias?

Como profissional e instituição de saúde há o dever de entregar respostas concretas e coerentes baseadas em evidências científicas e acolher as necessidades dessas mulheres.

E esse cuidado humanizado se estende a como a gestante é tratada na recepção? Quanto tempo ela fica esperando para ser atendida?

Também é preciso valorizar o profissional da saúde, que muitas vezes está em um ambiente de extremo estresse. A equipe de enfermagem, muitas vezes tem dois empregos e vários turnos, o médico porque atende em mais de um lugar. Eles estão sempre correndo e às vezes não conseguem olhar para si.

A gestante recebe um atendimento humanizado quando:

  • O tratamento é baseado na ética profissional e em evidências científicas atualizadas
  • O tratamento é individualizado, ou seja, considera a pessoa como um todo e não a classifica de maneira generalista em função do seu diagnóstico ou quadro geral.
  • O cuidado é realizado com empatia, atenção e acolhimento integral ao paciente e sua família/ acompanhante.
  • Existe uma escuta atenta e diferenciada, com a presença de um olhar sensível para as questões humanas.
  • Há respeito a intimidade e as diferenças.
  • A comunicação é eficiente e permite a troca de informações levando em consideração o estado emocional do paciente e da família.
  • O atendimento transmite confiança, segurança e apoio.
  • A estrutura física atende às necessidades de cuidado e tratamento.

Humanização também é política pública

A Política Nacional de Humanização (PNH) existe desde 2003 para efetivar os princípios do Sistema Único de Saúde no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. E esta política deve estar presente em todos os programas do SUS.

Ela nos dá as diretrizes para a humanização na prática e vai muito além do atendimento médico-paciente. Serve para a saúde como um todo.

Nos hospitais, sejam eles públicos ou privados, sempre existiu a preocupação em atender o paciente da melhor forma. A concretização veio de encontro com a era que vivemos hoje a Era da Experiência do paciente. Visa a satisfação da usuária, uma vez que estando satisfeita com o seu atendimento e a sua jornada, isso é traduzido em maior lealdade, colaboradores mais engajados e até mesmo em melhores resultados econômicos para a maternidade/hospital e profissionais de saúde.

Com o cuidado humanizado as gestantes se envolvem mais nas responsabilidades de um pré-natal bem feito, com a melhoria nas orientações e a abertura para atuação de tratamentos complementares.

Experiência e Tratamento personalizado

Enxergar o outro é entender que cada pessoa deve ser vista como um indivíduo único.

Duas gestantes podem ter a mesma vontade de vivenciar a experiência do parto humanizado, mas elas vão lidar de maneiras diferentes, vão sentir coisas diferentes, as evoluções vão ser diferentes, portanto é preciso ter esse olhar individual e um tratamento personalizado.

Compreender a gestante é fundamental.

Lembro-me muito bem a experiência que tive durante o meu pré-natal. Com 36 semanas de gestação fui conversar com a médica que acompanhava meu pré-natal sobre o parto. Sobre os procedimentos que eu não gostaria de ar, em especial a episiotomia (é um corte feito no períneo no momento do expulsivo do parto normal para aumentar o canal vaginal) um procedimento sem comprovações científicas que causa dor e dificuldades para a mulher no retorno as relações sexuais após o parto.

Ela ignorou minha manifestação, impôs a dela dizendo que é um procedimento a ser feito e que eu teria que aceitar. Enfim, o que me restou foi trocar de obstetra no final da gestação.

Tive um parto normal sem episiotomia como desejava com uma outra profissional humanizada. Médicos obstetras humanizados não realizam episiotomia e isso gera mais valor ao seu atendimento e satisfação de clientes/gestantes. É um diferencial de mercado com foco na experiência da parturiente.

Hoje, algumas faculdades de Medicina já estão prestando mais atenção nesse assunto. Isso acontece porque o curso costuma focar mais na parte técnica e nos tratamentos. Então, para que essa relação aconteça e seja mutuamente benéfica, o profissional tem que, por meio de um processo, desenvolver suas competências complementares e socioemocionais.

Esse desenvolvimento é extremamente significativo. O médico e o profissional de saúde estão constantemente em um ambiente de estresse, tanto pelo assunto que tratam, quanto pela quantidade de trabalho. Então é importante ter esses momentos de parada para olhar para o desenvolvimento pessoal, como é que estará preparado para atender o outro?

A plataforma Tumaas auxilia as maternidades e os profissionais de saúde a alcançarem essa reflexão e facilitar o desenvolvimento de um tratamento humanizado. Estas questões precisam ser trabalhadas constantemente.

Primeiramente, é preciso trabalhar o autoconhecimento: saber identificar quem você é e o que quer para si. Também é essencial saber perceber o outro. Se colocar no lugar e começar a olhar para o lado, tentando entender a situação. A comunicação verbal, e a não verbal, são parte da construção de um bom relacionamento.

Falta de tempo e condições mais simples, sem luxos, não são desculpas para um atendimento ruim. É possível, em pouco tempo de consulta, ser assertivo. Se o profissional estiver olhando para ele mesmo, e escutando com atenção a gestante/paciente, o atendimento será completo. É preciso querer e buscar se atualizar.

 

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