“Que vista, hein">Mas, no fim das contas, fazer esse projeto dentro de seu bairro foi, para Wallace, uma oportunidade de se sentir ainda mais pertencente ao seu lugar. “Eu valorizei muito ter nascido aqui, depois do documentário. Sou muito enraizado”. Isso de se sentir enraizado é sentimento compartilhado pela maioria dos moradores. Para Lúcia, tem um motivo: “Eu já mudei daqui um monte de vezes. Mas, meu umbigo está enterrado aqui, que é o meu lugar mesmo”. Para Lua, tem outra coisa: “Esse bairro é acolhedor. Vem gente de todo lugar. E, quando chegam aqui, todos são acolhidos. E aí as pessoas se apegam”.
Wallace, que é artista, entende que é eternizando isso que tantas memórias ficam resguardadas. Foi um processo iniciado com o “Memória à vista” que não se esgota. Ainda hoje, depois desse trabalho, ele eia pelas ruas e, nas conversas, descobre mais um capítulo da história do bairro. E enxergar o que significa esse sentimento de se pertencer a um lugar, é coisa que ele descobriu, também, por causa da arte. E seu convite é que cada vez mais pessoas conheçam o São Benedito. “É para vir com o coração aberto.”
Lúcia e a imagem de São Benedito, uma lembrança deixada por sua avó (Foto: Leonardo Costa)
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