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‘Nós por nós’: conheça as histórias do Bairro Igrejinha

Moradores de Igrejinha contam como é morar no lugar que fica às margens da BR-267


Por Cecília Itaborahy

30/04/2023 às 07h00

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Um dos pontos mais altos do bairro é a igreja e é por causa dela que o lugar se chama Igrejinha, pois servia de referência para quem ava pela região (Foto: Leonardo Costa)

Bifurcações de caminhos. Entre o aqui e o ali. Descer um pouco para adentrar. “Eu amo Igrejinha”, um letreiro diz, bem na entrada. As paredes, cheias de grafite, dão boas-vindas. A ponte dá a agem. Uma estação sem uso, em uma arquitetura tão própria, destoante do redor. Mais caminhos. Três meninos com violões nas costas tocam a campainha da Escola Municipal Padre Wilson. Sem olhar para trás, sem dúvida, vão direto a uma sala. Despem os violões. Tocam, em seguida, sob os cuidados do músico Guto Cimino, “Stairway to heaven”, do Led Zeppelin. Muitos violões e um só teclado. Talvez aquelas crianças de várias idades não tenham noção disto: elas estão entoando que um novo dia nascerá para aqueles que não desistirem. Mas, no fundo, sabem bem que, por ser quem são, sonhar alto é o mínimo. Eles sabem. E contam.

Fazem uma pausa nos ensaios para a apresentação de Dia das Mães na escola. Eles dão uma amostra dos ensaios que acontecem no contraturno das aulas, na parte da tarde. Todos eles, ali, saem de suas casas rumo a esse lugar, a escola, que, ali, é mais que um centro educacional. “Aqui é um lugar de acolhimento”, afirma Neiva Síria, diretora da Padre Wilson. A pergunta é simples e pretensiosa. Questiono: “Qual seu sonho">Cachoeira viveu sua infância brincando na rua, sem medo algum, talvez, apenas um: “Eles falavam que tinham um um homem sem cabeça que corria à noite”, recorda-se (Foto: Leonardo Costa)

“Quem viveu, viveu”

Cachoeira recebe esse nome por ter nascido em Cachoeira que, na época, era uma roça, com poucas famílias. Andando, o lugar fica a uns 20 minutos de distância de Igrejinha. A avó de Cachoeira foi morar em Igrejinha para trabalhar. Quando chegou a época de estudar, ele decidiu morar com sua avó. “Aqui sempre teve colégio. Quem morava em Cachoeira, não tinha luz, então como é que vinha sem luz? Igrejinha era como se fosse o centro. Lá, tinham seis famílias, que não tinham colégio, nem posto de saúde, nem luz, então a gente tinha que vir pra cá para estudar e adquirir mais informações.”

Era só para estudar, mas ele decidiu ficar. “Quando eu cheguei, ainda não tinha essa quantidade de moradores, que foi crescendo. Eu estudei aqui no colégio e fui conhecendo as pessoas. Criei um projeto de esporte aqui e acabei me tornando liderança na comunidade”, revela. Sua infância foi de brincadeira na rua, sem medo algum. Talvez, apenas um: “Eles falavam que tinham um homem de capa preta, um homem sem cabeça que corria à noite. Era uma maneira de os pais colocarem os filhos dentro de casa, porque a gente brincava na rua à noite. A gente via que escurecia, ava de 20h, e já ficava com medo dessa lenda”, ri.

Saudade mesmo tem é dos anos 1980. “Quem viveu essa época, viveu muito bem. Cada morador fazia uns bailes em sua casa. Tirava os sofás das salas, tinham aqueles aparelhos antigos de disco de vinil. Nossa infância foi divertida.” Hoje, ele conta que as possibilidades de diversão para as crianças são, realmente, a escola e o curumim, além dos projetos derivados desses espaços. “A comunidade vive muito de projeto social”, reitera. Outra diversão é o Torneio Leiteiro, que leva atrações culturais para o bairro ao mesmo tempo que recorda o tempo em que Igrejinha era um dos maiores produtores de leite. As oportunidades são poucas, de diversão ou trabalho mesmo. Mas o desejo de sair, pelo menos para eles, é quase nulo. O pertencimento fala mais alto. “Eu continuo apegado a essas memórias (da infância). Tudo o que aconteceu na minha vida de bom eu consegui aqui.”

Foi o pai de um aluno o responsável por religar a energia da quadra da escola após um rombo dos fios. Foi através de um bazar que um parquinho foi construído na mesma escola. Um pai de aluno também quer fazer as reformas da estação porque deseja que suas filhas aproveitem esse espaço. É, outra vez, o “nós por nós”, o maior senso de comunidade. Alguns os para o futuro são principais: limpar o rio que corre por Igrejinha para acabar com as enchentes, melhorar as condições da escola, colorir ainda mais o bairro, revitalizar a estação. Sobre esse última, Dirceu concorda, faz um pedido à Cachoeira: “A estação não pode ficar desleixada não. É bom para os idosos dançarem no dia de domingo e não entrevarem as pernas”.

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