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O rio que atravessa a cidade: o papel do Paraibuna na história de Juiz de Fora

Curso d’água contribuiu para o desenvolvimento urbano-industrial da cidade, foi local de diversão para muitos e atualmente ainda sofre com poluição 


Por Nayara Zanetti

01/06/2025 às 07h00

paraibuna leo
Rio Paraibuna é a retrospectiva da memória e uma projeção para o futuro de Juiz de Fora (Foto: Leonardo Costa)

 

Do alto da Serra da Mantiqueira, a cerca de 1.180 metros de altitude, nasce o Rio Paraibuna. O nome “Parayuna”, de origem indígena, faz referência à cor escura de suas águas. O rio atravessa nove cidades: Antônio Carlos, Santos Dumont, Ewbank da Câmara, Matias Barbosa, Simão Pereira, Belmiro Braga, Santana do Deserto, Chiador e Juiz de Fora.

Para o desenvolvimento local, o papel dele foi extremamente importante. Com um grande destaque na expansão urbano-industrial da cidade, o Paraibuna também já foi fonte de diversão para muitos juizforanos, mas há um bom tempo sofre com a poluição que limita seu potencial.

Conforme pesquisadores do tema, Juiz de Fora teve sua origem em povoados agrícolas às margens do Rio Paraibuna, localizados ao longo do Caminho Novo, um dos principais trechos da Estrada Real, criada no século XVIII. Por causa do seu formato, o chamado Vale do Paraibuna foi fundamental para a abertura de caminhos como a Estrada União Indústria, primeira rodovia brasileira que facilitou o transporte do café de Juiz de Fora para o porto do Rio de Janeiro, e da estrada de ferro Dom Pedro II (Central do Brasil), que chegou ao município em 1867.

“Devido à topografia entre a nossa cidade e a Baixada Fluminense, o vale do Paraibuna, mais uma vez contribuiu, de forma expressiva, para ‘facilitar’ a chegada dos trilhos até ao nosso município”, explica o ambientalista Wilson Acácio.

Além das estradas, a construção da 1ª Usina Hidrelétrica da América do Sul, em 1889, permitiu que Juiz de Fora ganhasse destaque no cenário nacional através do desenvolvimento urbano-industrial da cidade. Entre os anos de 1908 e 1920, a cidade se tornou o principal parque industrial de Minas Gerais, tanto pelo número de indústrias, quanto pela quantidade de riqueza produzida.

Antes, o leito do rio ava na Avenida Getúlio Vargas, no Centro, mas em razão das fortes enchentes que aconteciam, seu curso precisou ser mudado. Com o objetivo de resolver esse problema, surge outro marco da história do Paraibuna: a inauguração da Represa de Chapéu D’Uvas, em 1994.

“Registra-se que o lago construído é alimentado pelo Rio Paraibuna e, hoje, cerca de 50% da água consumida em Juiz de Fora é proveniente daquele manancial. Ademais, as águas da represa contribuem de forma significativa para a diluição da poluição na área urbana, principalmente no período de estiagem (maio-agosto)”, diz Acácio.

Memórias do Rio Paraibuna

Acácio sabe da história do Rio Paraibuna como ninguém. Hoje, atua como vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Preto e Paraibuna, mas há décadas luta pela preservação do recurso hídrico. O ambientalista é um dos poucos que viu o rio saudável, podendo ser usufruído para práticas de esporte, lazer, pesca e navegação. Foi ele também, enquanto professor do Curso de Geografia da UFJF, juntamente com os professores Adenir Batista e Misael Camargo, o responsável por organizar o ato “Abraço ao Rio Paraibuna”, que reuniu mais de 3 mil pessoas em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, há 37 anos.

“Lembro que na década de 1960, quando eu residia em Barbosa Lage e trabalhava numa fábrica de vara de pescar, os proprietários, anualmente, realizavam um Campeonato de Pesca, que fazia parte do calendário turístico de Juiz de Fora. Vinham pessoas de várias cidades para participar do evento. Às margens do rio, muitas pessoas assistiam a disputa entre os pescadores e, ao final do certame, havia várias premiações. Lembro-me que eu era um dos fiscais que fiscalizava se os participantes estavam cumprindo as normas e regras estabelecidas”, comenta Acácio.

Porém, esse é um cenário muito distante. Com o tempo, o crescimento desordenado da cidade levou à degradação e ao aumento da poluição do rio. O ambientalista lamenta a atual situação do Paraibuna. Em 2013, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e a Cesama iniciaram as obras de despoluição do Paraibuna, orçadas em R$ 130 milhões.

Expectativas para o futuro

Para os próximos aniversários de Juiz de Fora, Acácio espera uma mudança através do incentivo à educação ambiental, criando sentimento de pertencimento e respeito, além da criação de políticas públicas com o propósito de recuperar o Paraibuna e um projeto paisagístico para a cidade que engloba o rio.

 

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