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Representatividade em cores: Danielly Oliveira e a transformação artística da Praça CEU

Artista mineira se encontrou em Juiz de Fora e hoje dedica seu trabalho à representatividade, retratando rostos de pessoas comuns


Por Nayara Zanetti

01/06/2025 às 07h00

Dani Felipe Couri
Com a arte, Danielly Oliveira expressa o seu talento e o desejo de agregar as pessoas por meio da representatividade e do pertencimento

O primeiro contato de Danielly Oliveira, de 25 anos, com arte foi ainda na infância. Desde pequena, ela gostava de inventar coisas. Sem muitas crianças ao redor para brincar, recorria a lápis, tintas e papeis, mas também a materiais inusitados, como sabão em pó. “Minha mãe trabalhava, e eu ficava com a minha vó, o que foi um terreno fértil para minha imaginação. Minha avó deixava eu pintar a parede, o chão”, relembra. “Antes de falar, eu já inventava desenhos com cola e areia, usava sabão em pó para dar a cor azul. Minha vó teve esse cuidado de me dar essa liberdade desde novinha para criar.”

Até seus 7 anos, Danielly morava em Belo Horizonte, mas foi só quando veio para Juiz de Fora, aos 18, depois de casada, que realmente se encontrou na profissão. “Eu me senti muito acolhida pela cultura da cidade.” Sua arte está espalhada por diferentes lugares, em murais, nos pontos de ônibus e, principalmente, na Praça CEU, em Benfica, na Zona Norte. Esse é o local que guarda boa parte da história de Danielly com a cidade. De segunda a sábado, ela trabalha na sala de leitura, organizando as estantes, anotando doações e empréstimos. As paredes de lá estampam suas artes, inspiradas em autores negros, como as pinturas de Conceição Evaristo e Machado de Assis. Foi lá, também, que ela conheceu o artista Lúcio Rodrigues, hoje seu amigo e professor de artes. Pela primeira vez, Danielly ou a ter alguém que a ensinasse e estimulasse. “Ele me ensinou muitas coisas e me incentiva até hoje. Ele falou: vai, Dani, se der errado, a gente pinta de branco de novo e tenta. Aí eu fui e perdi o medo”, conta.

O que ela mais gosta de fazer é desenhar rostos. Na escola, Danielly retratava os rostos dos professores durante as aulas e, agora, gosta de trazer rostos de pessoas comuns à tona. “É uma das partes mais importantes do nosso corpo, que chama mais atenção. O rosto fala muito por si só. É o que traz a essência da pessoa.” Além disso, a artista tem como propósito usar sua arte para marcar a presença de pessoas como ela. “Eu acredito que impacta muito quem se sente representado. Por muitas vezes, a gente não se sente representado na arte. Por isso, acho muito importante eu trazer essa questão das pessoas negras para a arte.”

Atualmente, Danielly está desenvolvendo dois projetos na cidade: um é uma campanha de conscientização do abandono de animais com o desenho de cachorros em artes conhecidas, como a obra Operários, de Tarsila do Amaral; e outro que busca retratar cenas comuns do cotidiano da Zona Rural de Juiz de Fora. “Esse sentimento de pertencimento, de trazer as pessoas daqui para se sentirem pertencentes é muito importante. As pessoas falam: olha, uma pessoa que eu conheço ali pintada na praça, sabe? Acho muito legal.”

As pinturas de Danielly trazem beleza para o cotidiano da cidade. “Eu vejo Juiz de Fora como um berço para a cultura. Eu consigo enxergar muito bem isso porque eu vim de fora. Cheguei aqui e fui tão bem acolhida. Acredito que Juiz de Fora tem espaços acolhedores para o crescimento de um artista. Existem ambientes que dão para agregar pessoas, e não segregar”, afirma a artista.

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