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Ameaças de ataques a escolas levam a reflexão sobre causas e motivações
Para especialistas entrevistados, esse tipo de ameaça visa justamente causar pânico entre a população, apesar do crescimento real dos casos
Quando o educador Cláudio Melo foi buscar a filha na saída da escola no começo de abril, a menina o surpreendeu com uma pergunta: “Por que estão querendo matar crianças">Alunos da Escola Estadual Francisco Bernardino durante o Sarau da Gentileza (Foto: Leonardo Costa)
Incentivo à cultura da paz
Há também medidas que os pais e as escolas podem incentivar nas crianças e nos jovens. Como exemplo, Carlos Eduardo destaca a prática de esportes, que desenvolve a cooperação e o respeito pelos outros, a própria convivência com outros em ambientes diversificados, as atividades lúdicas ao ar livre e o contato com a leitura. Além disso, afirma que “a interação entre pais e filhos é fundamental, pois o movimento de deixar que os filhos consumam de forma mais intensa a tecnologia vem justamente, em muitos casos, de esvaziar a necessidade que as crianças têm do contato e da convivência com os pais. O próprio brincar, com a participação dos pais nas atividades lúdicas dos filhos, precisa ser resgatado”.
Nesse mesmo sentido, Cláudio Melo, que é, além de pai, professor, partiu do receio da filha para pensar em formas de incentivar ainda mais atividades culturais e artísticas que promovessem a paz no local em que trabalha, a Escola Estadual Francisco Bernardino. “Os elementos culturais e artísticos já fazem parte da cultura da escola. Vejo a necessidade de a gente marcar nosso lugar de escola, de formação”, diz. É por isso que, diante das ameaças da última semana, eles realizaram um “Sarau da Gentileza”, que pretendem repetir ao longo do ano. “Comecei a ver a necessidade de a gente reafirmar o que a gente faz, e reafirmar esse imaginário. Se lá está a violência, temos que ocupar com informação, cultura, união”, diz.
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