Criança de 3 anos é encontrada morta em córrego na Zona Norte
Atualizada às 12h17
A 3ª Delegacia de Polícia Civil vai investigar a morte de uma criança de 3 anos, cujo corpo foi encontrado em um córrego, na noite desta segunda-feira (23), no Bairro Vila Esperança I, na Zona Norte de Juiz de Fora. Segundo informações da Polícia Militar, o pai de Liedison Thiago de Souza Xavier sentiu a falta do menino por volta das 17h, quando estava em sua residência, na Rua Lima Duarte. O homem, 55, mobilizou vizinhos na procura pelo filho e já suspeitava que o menino pudesse ter caído no curso d”água, que a nos fundos da casa, onde estaria brincando, logo após chegar da escola.
Diante da dificuldade em localizá-lo, o pai acionou a PM, indo até o posto policial de Benfica, e também solicitou ajuda do Corpo de Bombeiros. A equipe de militares iniciou as buscas pelas margens do córrego, remexendo as águas com um bastão. Cerca de 40 minutos depois, a criança foi localizada boiando e já sem vida a cerca de cem metros da residência. Liedison foi resgatado por volta das 20h45. Os bombeiros ainda tentaram reanimá-lo, mas o menino já apresentava rigidez cadavérica e não respondeu aos estímulos.
Peritos da Polícia Civil realizaram levantamentos no local e constataram a ausência de sinais de violência na vítima, confirmando se tratar de um possível afogamento. O corpo foi removido por uma funerária e encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML). O exame deverá confirmar a causa do óbito.
O titular da 3ª Delegacia e responsável pelo caso, Rodolfo Rolli, informou que já abriu inquérito para apurar se houve crime de abandono de incapaz. Segundo ele, a pena prevista em caso de morte, conforme o parágrafo segundo do artigo 133 do Código Penal, é de quatro a 12 anos de reclusão. Conforme o delegado, as investigações também visam a confirmar se tratar de um trágico acidente. “Vou juntar a cópia do laudo de necropsia ou do atestado de óbito e da perícia de local. Também temos que identificar quem estava tomando conta do menino naquele momento, se era mesmo o pai.” De acordo com Rolli, devido ao luto pelo morte do menino, os familiares deverão ser intimados a prestar depoimento apenas na semana que vem.”Também vou ouvir testemunhas arroladas no boletim de ocorrência.”
O delegado lembrou que em caso da confirmação de morte culposa, ou seja, sem intenção, “o juiz pode deixar de aplicar pena por entender que o sofrimento do familiar já foi uma penalidade”. “Também posso citar isso na conclusão”, esclareceu Rolli. O inquérito deve ser concluído em 30 dias.
