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Espetáculo ‘Benze’ estreia em Juiz de Fora neste final de semana

Peça resgata prática da benzeção em Minas Gerais por meio das memórias do corpo dos atores


Por Renato Knopp*

04/04/2025 às 14h05

benze estreia juiz de fora
‘O corpo do ator e da atriz em ‘Benze’ não interpreta, ele atualiza memórias, a gestos inscritos em camadas profundas da ancestralidade’, afirma Fernando Valério sobre espetáculo (Foto: Divulgação)

A prática da benzeção, tão comum pelo Brasil e especialmente em Minas Gerais, serviu de base para a pesquisa cênica do espetáculo “Benze”, que estreia neste sábado (5) e domingo (6) e fica em cartaz também no próximo fim de semana, de sexta-feira a domingo, sempre às 20h, no Teatro Paschoal Carlos Magno. Todas as sessões contam com intérprete de Libras. Os ingressos podem ser adquiridos no Sympla. A peça é organizada pelo Grupo Encruza de Teatro, que também realiza três oficinas de teatro negro em equipamentos de educação do município, promovendo diálogo entre arte e a formação cultural. 

Para a peça, o grupo aprofundou sua pesquisa sobre a gestualidade e o conceito de “gestus” no teatro por meio de uma mescla entre a biomecânica de Vsevolod Meyerhold e o pensamento da pesquisadora do teatro negro Leda Maria Martins. A biomecânica é uma proposta de treinamento do ator que busca investigar o corpo como linguagem, enquanto as ideias de Leda – em especial as de tempo espiralar – entendem a gestualidade negra não apenas como uma técnica, mas como um saber ancestral presente no corpo. 

Fernando Valério é encenador da peça e afirma que a junção dessas duas técnicas possibilitou entender que o “gesto negro também é político, espiritual e poético”. E segue: “A biomecânica foi uma ferramenta de escuta, não de domesticação. Ajudou-nos a organizar o corpo para que ele pudesse sustentar a força das reminiscências, sem silenciá-las. O que surgiu foi um corpo consciente de sua história, treinado para sustentar a presença e, ao mesmo tempo, disponível para ser atravessado pelas camadas da negrura”. 

A benzeção revela, segundo Fernando, uma Minas muito mais plural religiosamente do que o estereótipo de um estado barroco e católico, que busca nessa tradição uma medicina da fé com ervas, rezas, sopros e água coada. Com a pesquisa realizada para a peça, o grupo descobriu um estado contado pelas mulheres e pelas ladainhas, em que essa memória é manifestada no corpo. 

“Nosso trabalho corpóreo foi construído a partir dessa escuta: das mãos que benzem, dos joelhos que ajoelham, dos olhos que miram o invisível. O corpo do ator e da atriz em ‘Benze’ não interpreta, ele atualiza memórias, a gestos inscritos em camadas profundas da ancestralidade. O palco é o terreiro onde tudo isso se encontra”, destaca Fernando. 

O processo de produção de “Benze” começou há um ano e meio. A peça foi financiada pela Lei Paulo Gustavo por meio da Funalfa e da Prefeitura Juiz de Fora (PJF). O Grupo Encruza de Teatro trabalha com a criação de espetáculos que dialogam com memórias afro-brasileiras e espiritualidades ancestrais. 

Serviço

Espetáculo “Benze”
De sábado (5) a 13 de abril, às 20h
No Teatro Paschoal Carlos Magno (Rua Gilberto de Alencar 1 – Centro)
Classificação: 18 anos

*Estagiário sob supervisão da editora Cecília Itaborahy

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