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Exposição ‘Cidade oculta’ é atração no Jardim Norte

Mostra do arquiteto e urbanista Felipe Macedo reúne reproduções de imóveis históricos de Juiz de Fora já demolidos


Por Júlio Black

13/11/2022 às 07h00

cidade oculta biblioteca municipal
Para terminar o trabalho de confecção das maquetes, Felipe Macedo demorou cerca de dez meses (Foto: Divulgação)

Prova de que nem tudo é eterno, Juiz de Fora viu tornarem-se pó e escombros inúmeras residências, indústrias, comércios, templos e equipamentos públicos que foram demolidos no decorrer de sua história, que serviram pelo menos para mostrar a urgência em se preservar o acervo arquitetônico e as memórias sociais da cidade. Uma pequena – porém significativa – parte desse ado que desapareceu da paisagem urbana pode ser conferida na exposição “Cidade oculta”, do arquiteto e urbanista Felipe Macedo, que pode ser conferida desde o último dia 4 no shopping Jardim Norte.

Realizada por meio do edital “Murilão”, do Programa Cultural Murilo Mendes, a exposição conta com dez maquetes de fachadas e edificações dos seguintes imóveis que não existem mais: Chalé da Rio Branco, Residência Ekman, Pantaleone Arcuri, Mecânica Mineira, Colégio Mineiro, Capela da Glória, Cine Popular, Dispensário Eduardo de Menezes, Biblioteca Municipal do Parque Halfeld e Primeira Estação Central. Para terminar o trabalho de confecção das maquetes, Felipe demorou cerca de dez meses. “Entretanto, ‘Cidade oculta’ começou a ser elaborada ainda em 2019”, ressalta.

“O Chalé da Rio Branco foi a primeira maquete produzida, e foi lá que percebi o potencial que a reconstrução de edifícios demolidos poderia ter”, explica, acrescentando que foram utilizados diversos materiais no projeto. “A estrutura principal é feita em papel. Para alguns ornamentos, utilizo da tecnologia de impressão 3D em resina, que possui uma capacidade de detalhamento impressionante.”

“Cidade Oculta” é a primeira exposição de maquetes do arquiteto, que já trabalhava com maquetes para vendas do setor imobiliário, o que segue fazendo. “Acredito que o que me fez chegar até esta exposição foi o encantamento pelo patrimônio que adquiri nas dependências do edifício onde funciona a escola de artes Antônio Parreiras. Lá fiz aulas de desenhos e uma introdução à pintura em tela. Posteriormente ingressei na faculdade de arquitetura da UFJF, e este interesse só se consolidou.”

Pesquisa

Muitos dos imóveis resgatados pelas maquetes de Felipe Macedo foram demolidos há muito tempo, como nas décadas de 1930 e 1940, e para criar as reproduções foi preciso muita pesquisa. “Temos a sorte de ter em nossa cidade dois blogs de referência que colecionam fotos antigas (Blog Maria do Resguardo e Blog Maurício Resgatando o ado). Lá, nós selecionamos quais edifícios tinham potencial artístico e histórico para serem incluídos na exposição. Posteriormente, pesquisamos a fundo cada um deles, para encontrar mais fotos e materiais iconográficos. Neste processo utilizamos diferentes livros, pesquisas a departamentos de memória da cidade etc.”

Sobre as dificuldades para executar as maquetes o mais próximo possível das construções originais, ele aponta a compreensão de elementos da arquitetura como esquadrias e motivos dos ornamentos, por ter como referência fotos antigas. “Um trabalho minucioso de comparação entre fotos e também comparação com outros edifícios de referência estilística. É aí que descobrimos as possíveis cores, baseando nas escalas de cinza encontradas nas fotos”, explica. “Aquilo que não conseguimos identificar, representamos com certa abstração, da mesma forma que enxergamos nas fotos. É o caso dos ornamentos do Dispensário Eduardo de Menezes e o frontão do Colégio Mineiro.”

Conexão com o ado

Com todo esse trabalho, Felipe adianta que a exposição será a oportunidade do público se deparar com “uma pequena parte da linda Juiz de Fora que se tornou pó”, como ele define, e que se hoje estivessem preservadas aumentaria o potencial turístico da cidade. “A Avenida Rio Branco, que antigamente era conhecida como Rua Direita, era comparada aos boulevards parisienses e abrigou a maioria dos edifícios selecionados. É interessante ressaltar que parte destes nem foram demolidos com a demanda da verticalização, como acontece hoje: a maioria foi demolida simplesmente para uma ‘modernização’ dos espaços públicos”, lamenta.

Ainda de acordo com o arquiteto e urbanista, “é uma seleção que sem sombra de dúvidas nos conecta à história de desenvolvimento da cidade e de importantes movimentos sociais e figuras públicas da época. Exemplo desta representatividade era João Carriço, artista local que fundou o Cine Popular, edifício representado na exposição, e que produziu os famosos cinejornais que registraram importantes momentos políticos para a região, como a visita de Getúlio Vargas e sua hospedagem na fazenda São Mateus.”

Tendo nascido depois que a maioria dessas edificações já não mais existia, Felipe comenta, por fim, a emoção de revisitar esse ado que não conheceu. “A verdade é que a maioria dos edifícios representados poucas pessoas desta geração conheceram. A história apagou até dos registros públicos. Há edifícios da exposição demolidos na década de 30. De qualquer forma, para mim foi tudo inédito durante a pesquisa. Revisitar este ado me fez reforçar o quão curioso e interessante é conhecer a história de nossos anteados, e, principalmente, compreender como Juiz de Fora se tornou o que vivenciamos atualmente, até mesmo para mitigar os problemas urbanos que nos assombram. O trânsito e a falta de estruturas das vias centrais são um reflexo desta modernização acidental.”

 

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