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Conheça filme iraniano que concorre com ‘Ainda estou aqui’ por uma vaga no Oscar

Longa de Mohammad Rasoulof foi apresentado pela primeira vez em Cannes e está cotado para a categoria de filmes internacionais da competição


Por Matheus Mans, Agência Estado

20/01/2025 às 17h07

filme iraniano
(Foto: Reproduçao)

O longa “A semente do fruto sagrado”, de Mohammad Rasoulof, apresentado pela primeira vez no Festival de Cannes e cotado para o Oscar na categoria de filmes internacionais (na qual pode concorrer com o brasileiro “Ainda estou aqui”), transpira política. Não apenas pela história, mas também pela perseguição do governo iraniano ao diretor.

O filme mergulha no seio de uma família iraniana. O pai acabou de ser promovido a juiz de instrução, julgando algumas dezenas (ou até centenas) de presos políticos todos os dias. A mãe comemora o novo momento – afinal, devem ar a morar em residência oficial e ter uma vida mais tranquila. As duas filhas, mesmo felizes, veem o mundo de outra forma, preocupadas pela forte onda de repressão do governo.

Em pequenos detalhes, o clima da casa vai se transformando. Por exemplo: com o novo posto, o pai a a ter uma arma: onde ela será guardada? As filhas saberão disso? Lembra o momento em que a casa da família Paiva, em “Ainda estou aqui”, a a ser mais fechada, mais escura. Os militares levam Rubens Paiva e Eunice fica sem chão, mas precisando manter a estrutura da família viva

No longa de Rasoulof, mesmo que não haja agentes do governo entrando na casa e prendendo, a opressão se desenha. No jeito como a mãe olha pela janela; nos gritos de protestos e tiros (e na maneira como chegam ao apartamento); na forma como o pai é o centro das atenções; nos vídeos nos celulares das filhas. Tudo isso contribui, aos poucos, para uma atmosfera mais densa, escura e pesada.

Poder a partir do filme

O diretor trabalha durante mais de duas horas para chegar aos últimos 30 minutos e mostrar que a opressão no Irã tem rosto, barba, nome e sobrenome. É alguém. O último ato de seu filme é uma espécie de releitura, iraniana e mais contemporânea, da frase atribuída ao ex-vice-presidente Pedro Aleixo na do AI-5 – de que não desconfiava das “mãos honradas do presidente Costa e Silva”, mas, sim, “do guarda da esquina”. É a síndrome do pequeno poder que mostra como o sistema de opressão pode ser contagiante.

Rasoulof, quase caindo na armadilha de fazer um thriller ao final, busca não apenas perguntas, mas também uma resposta sobre o que deve ser feito com opressores. Em coletiva de imprensa em Cannes, Rasoulof disse que não se deve ter medo. “Eles querem nos desencorajar – mas não se deixe intimidar. Eles não têm outra arma além do medo”, explicou, antes de voltar para a Alemanha, onde se refugia até hoje.

No final, “A semente do fruto sagrado” se transforma em alerta. Com melancolia, Rasoulof vê que não apenas seu país a por um momento de opressão, mas que isso contamina o povo – o que é pior. Em inglês, o filme tem o título de “The seed of the sacred fig”. A semente do figo sagrado. É uma referência a uma planta que age como parasita, controlando a hospedeira. Cai no topo da árvore e logo toma conta. Assim como o pai, que não existe mais. Para Rasoulof, agora ele é o Estado.

Tópicos: oscar 2025

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