As cotas são a solução?
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Só 12 candidatos inscritos no ENEM 2024 foram agraciados com uma nota 1000 na prova de redação, um número que é cinco vezes menor do que o da edição do vestibular de 2023. Dessa dúzia, apenas um era aluno de uma instituição da rede pública. Essa significativa diferença pode ser atribuída, a princípio, à dois fatores.
Como primeiro agravante, é crucial citar o padrão de correção das provas. Nesse ano, com a diminuição geral das notas, a resposta foi a de que a correção das redações será mais rígida, assim como o combate aos “modelos prontos”, textos que circulam na internet com o intuito de serem aplicados em qualquer tema de redação.
Apesar de um direcionamento claro para as correções ser necessário, o processo ainda é muito subjetivo e frustrante, sobretudo para os alunos. A chamada Teoria de Resposta ao Item (TRI), sistema matemático que calcula as notas das questões objetivas, é de difícil compreensão e tem gerado médias cada vez mais baixas, mesmo para candidatos com grandes porcentagens de acertos.
Ademais, como já debatido incansavelmente, as escolas da rede pública não estão aptas a competirem com colégios e cursinhos particulares. Como se não bastassem as alarmantes diferenças infraestruturais entre esses grupos, anualmente, cresce o número de candidatos que se dedicam, exclusiva e obsessivamente, para o ENEM. Esses jovens, em maioria socialmente privilegiados, aparecem com frequência nas listas de aprovados, diferente de alunos da rede pública que, muitas vezes, dividem seu tempo entre estudo e trabalho.
Como é plausível que, dos mais de quatro milhões de inscritos, apenas um estudante de escola pública obtenha nota máxima na redação, e que somente 1.800 candidatos tenham média superior a 800? Em um país em que o panorama da desigualdade na educação é tão visível, como é possível que ações como as cotas de escola pública sejam alvo de tanta controvérsia?
É importante reiterar que ações afirmativas são sim necessárias, pois é impossível corrigir, imediatamente, o impacto de uma disparidade de ensino que existe há tanto tempo. No entanto, é preciso ser levado em consideração que uma medida paliativa não deve ser estabelecida como definitiva, e que é imprescindível reformar o ensino público no país, desde o nível básico, para que essas ações se tornem, eventualmente, obsoletas.
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