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Vamos falar sobre gênero?


Por Françoise Mello Loures Tenchini Sales Braz; mestre em educação, especialista em História do Brasil República

18/10/2017 às 06h30

Comecei a lecionar muito nova, na década de 1980, na PJF e no Colégio Magister. E, no Magister, já abordávamos questões de gênero, sexualidade, racismo, os diferentes tipos de família e de crenças religiosas, etc., como temas prioritários para o exercício da cidadania e do reconhecimento da igualdade entre homens e mulheres. Afinal, ninguém nasce mulher, torna-se mulher. Assim como ninguém nasce homofóbico, transfóbico, racista, preconceituoso, machista, agressor de mulheres…

Nessa escola, as meninas eram estimuladas a não aceitarem situações de machismo, de imposição de cores, de brincadeiras, de objetos que são, até hoje, apresentados e impostos pela sociedade conservadora e patriarcal como diferentes para meninos e meninas…

aram-se tantos anos, e o local – escola – que deveria continuar/iniciar a discussão sobre gênero, para que cada alunx se sinta respeitado, aceito em suas escolhas em busca de ser feliz, hoje, é o mais preconceituoso da sociedade.

Quando me recordo das humilhações que meus ex-alunxs gays sofreram e sofrem, sinto vergonha desse ambiente, que deveria aceitar as diferenças e combater todas as formas de homofobia… Quando me lembro dos constrangimentos que os meus ex-alunxs aram e am por causa de suas crenças religiosas afro-brasileiras, tenho verdadeira aversão a esse local conservador e reacionário…

Em um país onde homens e mulheres trans ainda lutam pelo direito a um nome diferente do que receberam ao nascer, onde mulheres morrem por abortos clandestinos, onde a população LGBTTTIS sofre violência todos os dias pelo simples fato de serem lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, transgêneros, intersexuais e simpatizantes, não falar e discutir questões de gênero é promover a desigualdade e a formação de uma sociedade repleta de ódio, de violência e perseguição.

Sempre acreditei na escola como um espaço livre de discriminação, um espaço de acolhimento de todos e todas, e discutir gênero é parte disso, sim. Silenciar o gênero na escola é reproduzir as desigualdades, é ignorar a diversidade e a possibilidade de uma vida feliz com nossas próprias escolhas no campo sexual e reprodutivo. Falar e promover a igualdade de gênero na escola não é anular as diferenças ou promover ideologias, mas garantir que qualquer cidadão e cidadã brasileira viva e apresente-se da forma como quiser. Falar de gênero nas escolas é garantir que todos e todas sejam respeitados e respeitadas por seus afetos.

Cor não tem gênero… Sou hetero e sempre detestei a cor rosa! Objeto não tem gênero… Sou hetero e preferia brincar de carrinho de rolimã, de bolinhas de gude do que de bonecas… Minhas escolhas não ferem os direitos humanos, o que fere é o posicionamento reacionário, homofóbico, preconceituoso de um conselheiro tutelar ignorante, que deveria estar preocupado com o trabalho infantil nas ruas da cidade, a falta de creche, a falta de acolhimento institucional e os abusos de todos os tipos cometidos contra as crianças e os adolescentes.

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